O que é Hiperfoco e como usá-lo a seu favor? Dicas para pacientes com TDAH

O que é Hiperfoco e como usá-lo a seu favor? Dicas para pacientes com TDAH

HIPERFOCO VANTAGENS E DESVANTAGENS

 

O Hiperfoco é um dos sintomas menos conhecidos do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou TDA (Transtorno de Déficit de Atenção).

 

Você já ouviu falar por aí que vários cientistas e artistas famosos que focavam horas em seus trabalhos, como Einstein ou Da Vinci, por exemplo, possivelmente tinham TDAH?

 

São apenas teorias, afinal não é possível fazermos uma avaliação neuropsicológica com essas pessoas hoje rs, mas apesar das evidências dos sintomas nessas personalidades, muitos questionam, como seria possível alguém com tão grandes feitos ter dificuldades em se concentrar?

 

É aí que entra uma característica pouco falada do TDAH, o Hiperfoco!

 

 

HIPERFOCO É UM SINTOMA DO TDAH

 

Quem tem o Diagnóstico de TDAH tem um modo diferente de funcionamento do cérebro, um funcionamento “neurodiverso” e em uma sociedade que espera que todos sejam “neurotípicos” (funcionamento padrão) esse funcionamento é visto como não adaptativo, errado, problemático.

 

Quando falamos da Capacidade de Atenção de um TDAH, existe o estereótipo de que um TDAH não tenha a capacidade de se focar em uma atividade, mas na verdade o transtorno não significa uma ausência da atenção, mas sim uma instabilidade dela.

 

Isso quer dizer que em alguns momentos a atenção pode sim ser menor do que a esperada, mas em outros momentos a atenção pode ser tão alta que chegamos no estado dito Hiperfoco!

 

Principalmente em pacientes adultos com TDAH vemos um padrão de adaptação com oscilações entre horas de procrastinação ou dispersão e horas de produtividade imersivas, as vezes até deixando de comer, dormir ou ouvir e ver as pessoas ao seu redor.

 

Normalmente durante essa atividade imersiva, quando interrompidos, pode haver resistência a interrupção, levando a uma briga ou persistência na atividade anterior (se manter no celular vinculado a atividade anterior mesmo estando em um evento social, almoçando, tendo uma conversa séria com alguém etc.).

 

Existe o risco inclusive de se tornar monotemático em conversas, sempre comentando algo sobre seu hiperfoco atual e tendo dificuldade de engajar em outros assuntos, essa característica pode ocorrer também em pacientes que tenham diagnóstico de TEA (Transtorno do espectro autista).

 

 

A BOA NOTÍCIA

 

 

A boa notícia é que é possível treinar quando ligar ou não o Hiperfoco.

 

Através da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) , é possível usar a motivação trazida pelo hiperfoco para organizar sua rotina de forma a intercalar atividades que sejam menos interessantes com atividades de hiperfoco, permitindo que o padrão de motivação e atenção não diminua tanto nas atividades mais entediantes ( se pensarmos do ponto de vista neurocientífico, situações de hiperfoco levam ao aumento da produção de neurotransmissores e agem como um psicoestimulante natural) , desta forma é possível usar o próprio hiperfoco como ignição da sua atenção no dia ou mesmo como recompensa após uma tarefa mais desgastante.

 

 

PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO PREVINE OS PONTOS NEGATIVOS DO HIPERFOCO

 

Com o Processo Psicoterapêutico é possível também prevenir os pontos negativos do hiperfoco, todos eles ligados a dificuldade de pausa para atividades essenciais da rotina (comer, dormir, descansar, lazer, relacionamentos, tarefas de casa, etc.) e consequentes prejuízos de funcionalidade e de relações pessoais após períodos longos desse comportamento ( é comum haver uma exaustão pós hiperfoco, que pode levar a maior sensibilidade emocional, cansaço e desorganização da rotina pelas atividades acumuladas nesse período).

 

Importante apenas ressaltar que a oscilação entre uma hipomania e fase depressiva dentro de um transtorno afetivo bipolar (TAB) pode lembrar esses sintomas e por isso, caso você perceba que isso te acontece é importante passar por avaliação para ter certeza que a causa seja o somente o TDAH ou se existe outros transtornos em curso.

 

 

VOCÊ JÁ TEM SEU DIAGNÓSTICO DE TDAH?

 

Se você suspeita que pode ter alguns sintomas, a avaliação neuropsicológica pode ser um bom caminho para realizar o diagnóstico diferencial e entender se seu funcionamento cognitivo e emocional são ou não compatíveis com o TDAH e então iniciar o tratamento adequado com equipe de psicólogos e psiquiatras especialistas no transtorno!

 

Caso você já tenha o diagnóstico, lembre-se que o Processo de Terapia é Essencial, principalmente a Terapia Cognitivo-Comportamental, podendo te ensinar a usar seu funcionamento da melhor forma possível, se valendo das “vantagens” por exemplo do hiperfoco e aprendendo a lidar com os prejuízos que vem junto a ele!

 

 

A TERAPIA ONLINE PODE AJUDAR MUITO!

 

Não deixe para depois, o TDAH é um funcionamento diferente do cérebro, mas não significa que sua qualidade de vida tenha que ser pior ou que você tenha que se contentar em ser menos funcional!

 

Nossa equipe é formada de Especialistas em Terapia Cognitivo-Comportamental e sua aplicação no TDAH.

 

Venha experimentar uma sessão inicial!

 

Te esperamos aqui.

 

 

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